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A História é curta,
Passou-se com Fátima Coelho, costureira na empresa Fersoni-Comércio Internacional, S. A., em Joane, Famalicão.
Fátima Coelho é delegada sindical e dirigente do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes.
Tem apenas 38 anos de idade e desses 38 anos, 25 foram passados a trabalhar sempre na mesma empresa.
Esta empresa esteve habituada, durante anos e anos, a não ter operárias sindicalizadas, não suportando, por isso, a presença de uma delegada sindical e muito menos os frutos do seu trabalho entre as companheiras.
Em 2007 foi despedida.
Com motivos tão despropositados que o Tribunal de Trabalho de Famalicão considerou o despedimento nulo.
Reintegrada na empresa, nunca mais teve descanso.
As perseguições e humilhações públicas, são constantes e de toda a ordem.
A última humilhação foi pagarem-lhe o ordenado em dinheiro, num saco de plástico contendo 333 moedas de um euro, mais uma de 5 cêntimos.
Era o ordenado deste mês de Junho... ficou ali, exposta ao gozo, quase meia hora, a contar moedas.
A “justificação” foi o facto de ela não ter conta no mesmo banco da empresa.
Ficam três perguntas:
- Quanto estofo é preciso ter e quanta necessidade deste “fabuloso” ordenado de 333.05 euros, para suportar isto?
- Em que altura da nossa vida democrática é que este tipo de “empresários” se convenceu de que pode fazer seja o que for, impunemente?
- Quem atiraria a primeira pedra a um operário que, nestas circunstâncias, se esquecesse momentaneamente das boas maneiras e rachasse "as hastes" deste patrão de alto a baixo?
Eu partia-lhas ...
(por D.L.)
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